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A chave da Hereditariedade!

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O ADN É A CHAVE DA HEREDITARIEDADE E DA ORGANIZAÇÃO DE TUDO O QUE É VIVO.

Para cada cromossoma transmitido pelo pai existe um transmitido pela mãe portando genes com os mesmos caracteres hereditários. São os cromossomas ditos homólogos. Por exemplo, os genes do pai e da mãe responsáveis pela cor dos olhos estão situados nos comossomas homólogos.
Nos cromossomas homólogos, os respectivos genes responsáveis por um determinado caráter hereditário ocupam uma mesma posição ou loco. Esses genes que ocupam o mesmo loco nos cromossomas homólogos e trazendo características hereditárias alternativas, como a cor dos olhos, são chamados de alelos.
Há genes cuja influência domina a do seu gene alelo impedindo a sua manifestação. É o gene dominante. Já o gene que se manifesta somente na ausência de um dominante é chamado recessivo. O olho escuro é dominante sobre o claro. Se um dos pais transmite olho escuro e o outro o alelo olho claro, o filho terá olhos escuros. Para que o filho tenha olho claro é necessário que os genes alelos do pai e da mãe tragam a característica olho claro.
Se os dois genes do alelo trazem caracteres genéticos não alternativos, olho claro-olho claro, o filho será homozigoto para essa característica, podendo ser homozigoto recessivo (olho claro-olho claro), como no exemplo, ou homozigoto dominante, olho escuro-olho escuro.
Se os dois genes alelos trazem caracteres genéticos alternativos diferentes, olho claro-olho escuro, o filho será heterozigoto para essa característica.
Seria mais fácil, como em tudo que se fala e escreve sobre genética, fazer diagramas sobre probabilidades percentuais de vários cruzamentos (Aa x Aa, etc. lembram-se?) e parar por aqui.
Como na prática não é assim que acontece, vamos prosseguir na arenga. Afinal, na prática a teoria é a outra...
Permitam-me mais uma digressão científica, masturbação científica diriam os mais críticos. Vamos dar uma olhada na molécula do ADN, a própria essência da vida. Da mesma maneira que o banco de memória de um computador é composto de fichas codificadas, discos e tapes, no núcleo celular toda a informação é arquivada nas moléculas dos ácidos nucleicos, principalmente do ADN.
Estruturalmente a molécula do ADN é composta por um duplex de duas hastes helicoidais ligadas, transversalmente, por pares de bases unidas por pontes de hidrogênio.
Quimicamente o ADN é uma molécula grande composta por unidades chamadas nucleotídeos em número muito grande (10 milhões). Cada nucleotídeo é formado por uma molécula de desoxirribose (açúcar), uma de fosfato e uma base nitrogenada. O açúcar e o fosfato são imutáveis em todos os genes; a base pode ser um dos quatro tipos existentes no ADN, isto é, adenina, guanina, timina e citosina.
As bases de uma haste paream-se com as da outra haste muito especificamente: adenina com timina, ou vice versa, e guanina com citosina, ou vice-versa.
A estrutura helicoidal e química do ADN é capaz de explicar as suas três propriedades fundamentais:
1- Auto – duplicação. As duas hastes de uma molécula de ADN separam-se como num zíper e, cada uma, sintetiza uma haste suplementar e reconstitui a estrutura duplex rigorosamente igual a anterior. Desse modo são formadas duas moléculas de ADN, iguais em tudo à matriz e que serão destinadas a duas células filhas. Verdadeiro mimeógrafo biológico, o acontecimento mais importante na síntese da matéria viva.
2- Mutação. Em certas ocasiões, sob ações específicas, a molécula de ADN ao se auto-duplicar comete um “erro” e produz moléculas filhas diferentes da mãe. É o mecanismo pelo qual são produzidos novos alelos, fonte principal da grande variedade dos seres vivos e “matéria prima” para a seleção natural e a evolução. A mutação pode acontecer por: a- Troca de um simples par de bases do ADN (substituição); b- Perda ou adição de ADN (deleção, inserção, duplicação e expansão) e c- Por reorganização (inversão e translocação).
2- Controle da síntese das proteínas. As proteínas são elementos estruturais indispensáveis de todo o organismo. Além da função plástica, capaz de proporcionar todo o arcabouço do animal, as proteínas atuam como elementos funcionais de células especializadas, como as responsáveis pelas secreções glandulares, pela produção dos enzimas e secreção dos hormônios. Em condições especiais as proteínas atuam como fonte de energia em substituição aos açúcares e gorduras. Portanto, são os constituintes principais dos tecidos vivos e a sua síntese é primordial para a vida.
Há um outro ácido nucleico presente em todas as células, o ácido ribonucleico (ARN). Difere do ADN por possuir somente uma haste, pelo açúcar que é a ribose e pela base uracil no lugar da timina. Dentre os vários ARN interessam aqui o ARN mensageiro (mARN) e o ARN de transferência (tARN).
As proteínas são formadas por aminoácidos. Existem 20 aminoácidos, sendo as proteínas determinadas pelo seu número, espécie e ordem na cadeia. Portanto, é fácil imaginar as enormes possibilidades existentes.
As fórmulas das proteínas estão codificadas em nucleotídeos nas moléculas do ADN. Cada 3 nucleotídeos formam um codon que especifica um aminoácido. Um aminoácido pode ser especificado por um até quatro codons.
As letras desse código sãos os 4 nucleotídeos do ADN e os 4 do ARN, constituindo um abecedário com milhares de probabilidades.
Transcrito um segmento do ADN contendo o código da fórmula de determinada proteína para o mARN, este deixa o núcleo da célula e leva a mensagem genética até os ribossomas do citoplasma celular. Os ribossomas, corpúsculos formados por proteínas e ARN, servem de superfície para a síntese proteica.
A função dos t ARN é “apanhar” uma molécula de um determinado aminoácido e transferi-la para o molde de mARN já presente no ribossoma, conforme determinado pelo código existente. O encadeamento codificado dos aminoácidos quanto a sua espécie, número e ordem na molécula dará origem à proteína codificada.
Nota: Uma descrição mais detalhada e moderna da síntese proteica (detesto a grafia protéica) é encontrada no boletim 78 (Androgênios).
Todas estas tansformações químicas determinadas pelos genes são realizadas através de substâncias chamadas enzimas.
Estas três propriedades, autoduplicação, mutação e síntese proteica, ocorridas no íntimo da genética celular, explicam a evolução das espécies, as quais, ao mesmo tempo que conservam as suas próprias características básicas, permitem, a cada indivíduo dentro de uma mesma espécie, ter as suas particularidades únicas.

Crossing over (CO).


No processo de meiose, gerador de espermatozóides e óvulos com a metade dos cromossomas, pode acontecer o CO. No CO, no momento em que os cromossomas homólogos situam-se lado a lado, há a troca de pedaços cromossômicos. Há a ruptura da seqüência original de alelos com a possibilidade da formação de gametas com diferentes informações genéticas em número incalculável. No cão, possuidor de 78 cromossomas, a possibilidade de espermatozóides trazendo informações genéticas ligeiramente diferentes pode chegar a mais de 13.5 milhões. Nas aves, com 18 cromossomas, seriam mais de 3 milhões? Na matemática das proporcionalidades, sim, mas na genética, não sei...

Penetrância.

Se todos os filhotes portadores de um caráter genético, transmitido por um gene heterozigótico dominante (dose simples) ou por um gene homozigótico recessivo (dose dupla), apresentarem no seu fenotipo (aparência) a característica determinada diz-se que a penetrância foi completa.
Se, por outro lado, a característica genética determinada pelo gene citado somente manifestar-se em alguns dos filhotes diz-se que houve penetrância incompleta.
Daí a importância do bom criador estender a sua observação a toda a progênie e não somente a algum exemplar de destaque.

Expressividade.

Um gene totalmente penetrante pode expressar a sua característica com intensidades variáveis nos diversos filhotes. Um gene pode ser completamente penetrante e expressividade variável ou penetrante incompleto com expressividade não variável.

Inatividade gênica.

Embora todos os genes estejam presentes nas células desde a sua origem, o início e o término de suas ações são extremamente variáveis.
Por exemplo, o gene que determina o crescimento do cão atua desde as primeiras divisões celulares até o animal completar o crescimento físico. Fatores ambientais, como a desnutrição e a falta de exercícios, podem interferir negativamente no crescimento do animal se acontecerem durante esse período. Interessante é que esse cão, embora pequeno pelas condições ambientais em que foi criado, irá transmitir à sua progênie os tamanhos determinados pelo seu patrimônio genético.

FONTE:

Dr. JOSÉ CARLOS PEREIRA
RUA JOAQUIM DO PRADO, 49. CRUZEIRO/SP. TELEFAX 0xx12 31443590

Drjosecarlos2000@aol.com



Espero que gostem!

Até a Próxima gente e deixem comentários, vamos ajudar!

Fábio Costa

3 comentários:

  1. Valeu Fabão, tô gostando de ver.
    Abraços.

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  2. Importante isso também teória. Prática sem teoria é capenga e teoria sem prática é aleijada.
    Abraços.

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  3. Prática sem teoria é capenga e teoria sem prática é aleijada.

    Gilson o Homem dos proverbios hehe

    Sim é importante, a teoria nos indica um caminho que as vezes seguimos por extinto, mas que pode ser muito menos arduo se seguido com sabedoria

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